quarta-feira, 28 de julho de 2010

Arminianismo X Calvinismo

Quadro Comparativo:


ARMINIANISMO X CALVINISMO

Categoria

Arminianismo

Calvinismo


1. Livre-Arbítrio ouCapacidade 
Humana

1. Incapacidade Total ou
Depravação Total

Depravação Total

(Is.55:7; Mt.25:41-46; Mc.9:47-48;
Rm.14:10-12; 2Co.5:10)

Embora a queda de Adão tenha afetado seriamente a
natureza humana, as pessoas não ficaram num estado de total incapacidade
espiritual. Todo pecador pode arrepender-se e crer, por livre-arbítrio,
cujo uso determinará seu destino eterno. O pecador precisa da ajuda do
Espírito, e só é regenerado depois de crer, porque o exercício da fé é a
participação humana no novo nascimento.

O homem natural não pode sequer apreciar as coisas de
Deus. Menos ainda salvar-se. Ele é cego, surdo, mudo, impotente, leproso
espiritual, morto em seu pecado, insensível à graça comum. Se Deus não
tomar a iniciativa, infundindo-lhe a fé salvadora, e fazendo-o ressuscitar
espiritualmente, o homem natural continuará morto eternamente.
(Sl.51:5; Jr.13:23; Rm.3:10-12; 7:18; 1Co.2:14; Ef.1:3-12;
Cl.2:11-13)


2. Eleição Condicional

2. Eleição Incondicional

Eleição Incondicional

(Dt.30:19; Jo.5:40; 8:24;
Ef.1:5-6,12; 2:10; Tg.1:14; 1Pe.1:2; Ap.3:20;
22:17)

Deus escolheu as pessoas para a salvação, antes da
fundação do mundo, baseado em Sua presciência. Ele previu quem aceitaria
livremente a salvação e predestinou os salvos. A salvação ocorre quando o
pecador escolhe a Cristo; não é Deus quem escolhe o pecador. O pecador
deve exercer sua própria fé, para crer em Cristo e ser salvo. Os que se
perdem, perdem-se por livre escolha: não quiseram crer em Cristo,
rejeitaram a graça auxiliadora de Deus.

Deus elegeu alguns para a salvação em Cristo, reprovando
os demais. Aos eleitos Deus manifesta a Sua misericórdia e aos reprovados
a Sua justiça. Deus não tem a obrigação de salvar ninguém, nem homens nem
anjos decaídos. Resolveu soberanamente salvar alguns homens (reprovando
todos os demais) e torná-los filhos adotivos quando eram filhos das
trevas. Teve misericórdia de algumas criaturas, e deixou as demais
(inclusive os demônios) entregues às suas próprias paixões pecaminosas. A
salvação é efetuada totalmente por Deus. A fé, como a salvação, é dom de
Deus ao homem, não do homem a Deus.(Ml.1:2-3; Jo.6:65; 13:18;
15:6; 17:9; At.13:48; Rm.8:29, 30-33; 9:16; 11:5-7; Ef.1:4-5; 2:8-10;
2Ts.2:13; 1Pe.2:8-9; Jd.4)


3. Redenção Universal ou Expiação Geral

3. Redenção Particular ou Expiação 
Limitada

Expiação Limitada

O sacrifício de Cristo torna possível a toda e qualquer
pessoa salvar-se pela fé, mas não assegura a salvação de ninguém. Só os
que crêem nEle, e todos os que crêem, serão salvos.(Jo.3:16;12:32; 17:21; 1Jo.2:2; 1Co.15:22; 1Tm.2:3-4; Hb.2:9; 2Pe.3:9;
1Jo.2:2)

Segundo Agostinho, a graça de Deus é "suficiente para
todos, eficiente para os eleitos". Cristo foi sacrificado para redimir Seu
povo, não para tentar redimi-lo. Ele abriu a porta da salvação para todos,
porém, só os eleitos querem entrar, e efetivamente entram.
(Jo.17:6,9,10; At.20:28; Ef.5:15;
Tt.3:5)


4. Pode-se Efetivamente Resistir ao Espírito 
Santo
4. A Vocação Eficaz do Espírito
ou Graça Irresistível

Graça Irresistível
(Lc.18:23; 19:41-42; Ef.4:30;
1Ts.5:19)

Deus faz tudo o que pode para salvar os pecadores. Estes,
porém, sendo livres, podem resistir aos apelos da graça. Se o pecador não
reagir positivamente, o Espírito não pode conceder vida. Portanto, a graça
de Deus não é infalível nem irresistível. O homem pode frustrar a vontade
de Deus para sua salvação.
(Jr.3:3; 5:24; 24:7; Ez.11:19; 20; 36:26-27; 1Co.4:7;
2Co.5:17; Ef.1:19-20; Cl.2:13; Hb.12:2)

A graça de Deus é infalível: acaba convencendo o pecador
de seu estado depravado, convertendo-o, dando-lhe nova vida, e
santificando-o. O Espírito Santo realiza isto sem coação. É como um rapaz
apaixonado que ganha o amor de sua eleita e ela acaba casando-se com ele,
livremente. Deus age e o crente reage, livremente. Quem se perde tem
consciência de que está livremente rejeitando a salvação. Alguns
escarnecem de Deus, outros se enfurecem, outros adiam a decisão, outros
demonstram total indiferença para as coisas sagradas. Todos, porém, agem
livremente.


5. Decair da Graça

5. Perseverança dos Santos

Perseverança dos Santos

(Lc.21:36; Gl.5:4;
Hb.6:6; 10:26-27; 2Pe.2:20-22)

Embora o pecador tenha exercido fé, crido em Cristo e
nascido de novo para crescer na santificação, ele poderá cair da graça. Só
quem perseverar até o fim é que será salvo.

(Is.54:10; Jo.6:51; Rm.5:8-10;
8:28-32, 34-39; 11:29; Fp.1:6; 2Ts.3:3; Hb.7:25)

Alguns preferem dizer "perseverança do Salvador". Nada há
no homem que o habilite a perseverar na obediência e fidelidade ao Senhor.
O Espírito é quem persevera pacientemente, exercendo misericórdia e
disciplina, na condução do crente. Quando ímpio, estava morto em pecado, e
ressuscitou: Cristo lhe aplicou Seu sangue remidor, e a graça salvífica de
Deus infundiu-lhe fé em para crer em Cristo e obedecer a Deus. Se todo o
processo de salvação é obra de Deus, o homem não pode perdê-la! Segundo a
Bíblia, é impossível que o crente regenerado venha a perder sua salvação.
Poderá até pecar e morrer fisicamente (1Co.5:1-5). Os apóstatas nunca
nasceram de novo, jamais se converteram.


Rejeitado pelo Sínodo de Dort

Este foi o sistema de pensamento contido na
"Remonstrância" (embora originalmente os cinco pontos não estivessem
dispostos nessa ordem). Esse sistema foi apresentado pelo arminianos à
Igreja na Holanda em 1610, mas foi rejeitado pelo Sínodo de Dort em 1619
sob a justificativa de que era anti-bíblico.

Reafirmado pelo Sínodo de Dort

Este sistema de teologia foi reafirmado pelo Sínodo de
Dort em 1619 como sendo a doutrina da salvação contida nas Escrituras
Sagradas. Naquela ocasião, o sistema foi formulado em "cinco pontos" (em
resposta aos cinco pontos apresentados pelos arminianos) e desde então tem
sido conhecido como "os cinco pontos do
calvinismo".

Nenhum comentário:

Postar um comentário