domingo, 4 de julho de 2010

Agostinho de Hipona: "Que tens tu que não tenhas recebido?"(354 - 430)



- A luta pessoal de Agostinho em direção à fé cristã reflete os conflitos espirituais de muitos cristãos modernos: como o pecado tem afetado a personalidade humana? Se Deus é infinitamente poderoso e amoroso, por que o mundo está cheio de tanto mal e sofrimento? O que é exatamente o mal? Como o mal entrou na Criação de Deus? Por que somos tão reticentes em fazer o bem? Por que nos encontramos amando as coisas erradas com tanta freqüência? Como podemos aprender a amar o bem? Como o pecado tem afetado nossa capacidade de amar o que é certo e odiar o que é errado?

Em peregrinação

Aurelius Augustinus, mais conhecido como Agostinho, nasceu em Tagaste, na Numídia (hoje Souk-Ahras, na Argélia), província romana ao norte da África, em 13 de novembro de 354. Ele foi o primogênito de Patrício, conselheiro municipal e membro da classe média, que permaneceu pagão até as vésperas de sua morte, e da cristã Mônica, a quem Agostinho atribuiu grande crédito, por suas constantes orações em seu favor. O irmão de Agostinho, Navígio, morreu jovem, e a irmã, Perpétua, foi membro dos primeiros mosteiros.

Em 365, com 11 anos, foi enviado para estudar em Madaura. Em 370, voltou a Tagaste, e, aos 17 anos, transferiu-se para Cartago, para estudar retórica e artes liberais. Seu pai morreu no ano seguinte. Agostinho conheceu uma mulher, com quem se uniu nesse mesmo ano; ela se tornaria sua companheira durante quinze anos — ele a abandonou depois e nunca mencionou seu nome. Em 373, tornou-se maniqueu, sendo esse, provavelmente, o ano do nascimento de seu filho, Adeodato, falecido em 390. Em 374 regressou a Tagaste como professor de gramática e, em 383, foi para Roma, onde continuou a lecionar. Dois anos depois, ganhou a cátedra de retórica da Casa Imperial e foi para Milão, onde conheceu Ambrósio, bispo da cidade. Nessa época, Agostinho já havia abandonado o maniqueísmo e começou a receber influência do neoplatonismo. O neoplatonismo de então era visto como uma filosofia que, com ligeiros retoques, parecia capaz de auxiliar a fé cristã a tomar consciência de sua própria estrutura interna e defender-se com argumentos racionais, elabo-rando-se como teologia.

Por causa do exemplo dos monges e da sua própria formação neoplatônica, Agostinho estava convicto de que teria de renunciar à sua carreira de professor de retórica e a todas as ambições e alegrias dos prazeres sensuais, caso se tornasse um cristão. Este último ponto era a principal dificuldade que ainda o detinha. Ele mesmo conta sua constante oração: Dá-me o dom da castidade, mas ainda não.

Estava ainda fortemente preso à mulher. O apóstolo Paulo não me proibia o matrimônio, se bem me exortasse sobremaneira a escolher um estado mais alto, quando sugeria que, se possível, todos os homens vivessem como ele. Mas eu, ainda bastante fraco, ptocurava uma condição mais cômoda. Era esse, em tudo, o único motivo de minhas hesitações, enfraquecido que estava por preocupações enervantes, pois, devendo entregar-me ávida conjugai, via-me sujeito a outras obrigações que não queria suportar.

Sendo assim, recrudesceu nele a batalha entre o querer e o não querer. Ele queria tornar-se cristão. Mas ainda não. Sabia que não podia mais interpor dificuldades de ordem intelectual, o que fazia a luta consigo mesmo ser ainda mais intensa. De todos os lados vinham notícias de outras pessoas que tinham feito o que ele não arriscava fazer, e ele sentia inveja.

Certo dia, em agosto de 386, Agostinho sentou-se no jardim de uma casa que alugava com alguns amigos. Ele lia com seu amigo Alípio um pergaminho da epístola de Paulo aos Romanos, e conversava sobre o evangelho pregado e ensinado pelo apóstolo. Nesse momento, não podendo tolerar a companhia de seus amigos, e tampouco a sua, ele fugiu para o outro lado do jardim, onde se encontrou em terrível agonia de espírito.

Deixei-me, não sei como, cair debaixo de uma figueira e dei livre curso às lágrimas, que jorravam de meus olhos aos borbotões, como sacrifício agradável a ti. E muitas coisas eu te disse, não exatamente nestes termos, mas com o seguinte sentido: "E tu, Senhor, até quando? Até quando continuarás irritado? Não te lembres de nossas culpas passadas". Sentia-me ainda preso ao passado, e por isso gritava desesperadamente: "Por quanto tempo, por quanto tempo direi ainda: amanhã, amanhã? Por que não agora? Por que não pôr fim agora à minha indignidade?".

Toma e lê. Toma e lê — Tolle, lege. Essas palavras, que alguma criança gritava em seus jogos infantis, flutuaram sobre o jardim e foram chegar aos ouvidos de Agostinho, que sofria profundamente debaixo da figueira. As palavras que a criança gritava pareciam ser um sinal do céu. Pouco antes, Agostinho jogara fora, em outro lugar do jardim, o manuscrito que estivera lendo. Agora voltou para lá, tomou-o e leu as seguintes palavras do apóstolo: "Não em orgias e bebedeiras, não em imoralidade sexual e depravação, não em desavença e inveja. Ao contrário, revistam-se do Senhor Jesus Cristo, e não fiquem premeditando como satisfazer os desejos da carne" (Rm 13.13,14).


Não quis ler mais, nem era necessário. Mal terminara a leitura dessa frase, dissiparam-se em mim todas as trevas da dúvida, como se penetrasse em meu coração uma luz de certeza. Marcando a passagem com o dedo ou com outro sinal qualquer, fechei o livro e, de semblante já tranqüilo, o mostrei a Alípio.

Em resposta às palavras do apóstolo Paulo, Agostinho encontrou o que estivera procurando por muito tempo. Dedicou-se totalmente à vida cristã, deixou sua ocupação de professor e abraçou a vida monástica ao converter sua casa em mosteiro para oração, estudo e reflexão.

De monge a bispo

No ano seguinte, com 33 anos, na noite da Páscoa, de 24 para 25 de abril, foi batizado por Ambrósio, juntamente com o filho Adeodato e com seu amigo Alípio. Após esses eventos, sua piedosa mãe, Mônica, faleceu em Ostia Tiberina, porto de Roma. Agostinho voltou para a África, indo de novo para Tagaste, onde vendeu suas posses e se dedicou ao ideal da vida monástica: estudo, pobre-za, trabalho e meditação.

Pouco depois, mudou-se para Hipona — que ficava próxima da atual Annaba, na Argélia —, "para procurar um lugar onde fundar um mosteiro e viver com seus irmãos". Em 391, foi praticamente obrigado a ser ordenado presbítero. Conforme os planos, fundou um mosteiro e nele viveu, presbítero e monge, no ascetismo e no estudo "segundo a maneira e a regra estabelecida no tempo dos apóstolos".

Quatro anos mais tarde, também contra sua vontade, Agostinho foi eleito bispo auxiliar. O bispo Valério propôs à assembléia designar um ministro com possibilidades de auxiliá-lo, principalmente na pregação. A presença de Agostinho não passara despercebida. Houve um só grito: "Agostinho, bispo". O candidato protestou e chorou. Não adiantou nada: a ordenação estava decidida.

Em 396, aos 42 anos, sucedeu ao bispo Valério, em Hipona. O mosteiro que ele fundou acabou por se tornar um seminário de ministros e bispos para toda a África.

O triunfo da graça

Em seu primeiro grande debate teológico, Agostinho se ocupou dos maniqueus, uma seita dualista que cria que o universo físico se originou das trevas, enquanto a alma humana era produto da luz. Contra essa seita, ele defendeu a dignidade da igreja e seu direito exclusivo de se chamar Igreja de Cristo.

Os maniqueus achavam que poderiam remontar suas crenças ao próprio Jesus Cristo, ao passo que a verdadeira igreja, por meio dos apóstolos, recebe de Jesus sua autoridade, a qual constitui a base da fé cristã.

Agostinho defendeu o Antigo Testamento como preparação do Novo Testamento, que está em harmonia e continuidade com aquele. A Criação é uma obra boa e positiva. O mal é a corrupção do bem e o resultado do livre pecado do homem. Ele denunciou, de forma especial, a dualidade metafísica do maniqueísmo, com seu panteísmo e materialismo.

No trabalho pastoral, Agostinho se viu diretamente confrontado com o donatismo. Esse cisma, cujo nome vem de Donato, bispo de Cartago, surgiu durante a perseguição dos imperadores Décio e Diocleciano. Os donatistas recusaram a ordenação de um bispo suspeito de ter entregue as Escrituras por ocasião de uma perseguição. Eles se percebiam como uma igreja de puros, julgando com severidade os cristãos que acolhiam com indulgência demasiada os convertidos e os fracos, que se desentenderam com o poder romano. Chegaram a rejeitar a validade dos sacramentos administrados por essas pessoas. Mas, para Agostinho, os donatistas eram culpados do pecado de cisma, ao se apartarem da igreja.

Foi por ocasião desse conflito que Agostinho elaborou sua teologia dos sacramentos e da igreja. Ele sustentou firmemente que a graça sacramental age por si mesma, ex opere operado (em virtude do próprio ato), sendo irrelevantes as condições espirituais do ministro. Em seu entendimento, os sacramentos continuam válidos porque é Cristo quem os oferece. Ele elaborou, sobretudo, a doutrina da igreja. A igreja é o corpo de Cristo unificado pelo amor no Espírito. Aqueles que dela se afastam possuem em vão a fé, os sacramentos e mesmo virtudes. Assim, ele foi levado a afirmar uma igreja invisível conhecida apenas por Deus — os eleitos, os verdadeiros cristãos — dentro da igreja visível, que era a igreja na terra. Enquanto esperamos a vinda do Senhor, santos e pecadores estão misturados. Somente Deus conhece seus eleitos. Essa diferenciação entre a igreja visível e a igreja invisível foi enfatizada, mais tarde, por João Calvino e outros teólogos protestantes.

Pela primeira vez na história da igreja, surge a controvérsia sobre as doutrinas da graça. Pelágio, nascido na Grã-Bretanha, famoso por sua disciplina moral, começou a defender o argumento de a vida cristã consistir em um esforço permanente, através da qual a pessoa vence seus pecados e obtém a salvação. O diácono Paulino de Milão acusou o principal discípulo de Pelágio, Celestius, de seis heresias: (1) Adão foi criado mortal e teria morrido, quer tivesse pecado quer não; (2) o pecado de Adão contaminou só a ele e não a raça humana; (3) as crianças recém-nascidas estão naquele estado em que estava Adão antes da queda; (4) a raça humana inteira nem morre por causa da morte de Adão nem ressuscita pela ressurreição de Cristo; (5) a Lei, tanto quanto o Evangelho, conduz ao Reino dos céus; (6) mesmo antes da vinda do Senhor houvera homens sem pecado. Para Pelágio, não haveria a necessidade de alguma graça especial de Deus, pois ela era algo que estaria presente em todos os lugares, em todo momento.

Agostinho se opôs a Pelágio. Para isso, ele se lembrou de como foi difícil sua conversão, em como orava: "Até quando, Senhor, até quando? Amanhã, sempre amanhã? Por que não acaba com minha imundície neste exato momento?". Sua resposta foi abrangente.

1.      A partir da queda de Adão, a humanidade se tornou totalmente depravada, ou seja, todas as esferas de nossa humanidade — razão, vontade e afetos — tornaram-se escravas do pecado. Como herança maldita, recebida de Adão, a natureza humana passou a ser escrava do pecado e sujeita à morte. Como conseqüência, a vontade humana nem sempre é dona de si mesma.

Porque estávamos todos naquele homem, desde que todos nós éramos aquele homem, que caiu em pecado através da mulher que foi feita para ele antes do pecado. Porque ainda não havia a forma particular criada e distribuída a nós na qual, como indivíduos, deveríamos viver, mas a natureza germinal, da qual deveríamos ser propagados, estava lá; e isso tendo sido corrompido pelo pecado e amarrado pela cadeia da morte, justamente condenado, o homem não poderia nascer de outro homem em qualquer outro estado. E assim, do mau uso do livre-arbítrio, orignou-se toda a série de males, da qual, com o seu encadeamento de misérias, escolta a raça humana da sua origem depravada, como de uma raiz corrupta, para a destruição da segunda morte, a que não tem fim, exceção feita para aqueles que são libertos pela graça de Deus.

Conseqüentemente, o ser humano é incapaz de conseguir a própria salvação sem o socorro da graça especial.

2.      Como decorrência, apenas somos salvos por causa da eleição livre e incondicional de Deus. Em sua maravilhosa graça, Deus escolhe pecadores, na eternidade, não por mera previsão de fé ou obras, mas por sua graça e para sua glória. "Deixe-nos, então, entender o chamado por meio do qual eles se tornaram eleitos — não aqueles que são eleitos porque creram, mas que são eleitos para que possam crer". A prioridade da graça livre e soberana de Deus na salvação de pecadores foi afirmada claramente por Agostinho, porque ele entendeu que só sendo livre e soberana a graça pode ser, de fato, imerecida.


3.      Então, a graça age de forma irresistível nos eleitos: o Espírito convence de maneira eficaz os pecadores, atraindo-os irresistivelmente a Cristo, cativando-os com sua beleza e formosura.
Quão doce foi para mim estar liberto subitamente destes prazeres infrutíferos os quais um dia temia perder! Tu os afastaste de mim, tu que és a alegria soberana e verdadeira. Tu os afastaste para longe de mim e tomaste seu lugar, tu que és mais doce que qualquer prazer, embora não o seja para carne e sangue, tu que excedes em brilho toda luz, não obstante mais oculto que qualquer segredo nos nossos corações, tu que sobrepujas toda honra, embora não aos olhos dos que se exaltam a si mesmos... Ó Senhor, meu Deus, minha Luz, minha Riqueza, e minha Salvação.
Agostinho entendeu que até mesmo a fé é um dom de Deus, obra da sua graça imerecida.

4.      Esses pecadores, eleitos e graciosamente atraídos a Cristo, perseverarão. Mais ainda, Deus mesmo persevera sobre eles, para conduzi-los à glorificação.

No caso dos santos predestinados ao Reino de Deus pela graça divina, a ajuda concedida para que perseverassem não foi aquela dada a Adão, mas uma ajuda especial, comportando forçosamente a perseverança de fato, sendo de tal maneira forte e eficaz que os santos não podiam fazer outra coisa senão perseverar de fato.

A salvação, do começo ao fim, é obra da graça de Deus para sua glória. A diferença entre Pelágio e Agostinho prendia-se às considerações que faziam sobre a natureza humana e a graça de Deus. As idéias de Pelágio foram refutadas por Agostinho numa série de tratados que se tornaram conhecidos como tratados antipelagianos.

O pelagianismo foi condenado como heresia pelo bispo de Roma em 417 e 418, e pelos concílios de Cartago, em 418, de Éfeso, em 431 (o terceiro grande concilio eclesiástico), e finalmente pelo de Orange, em 529.

R. C. Sproul está correto ao dizer que "precisamos de um Agostinho ou um Lutero para nos falar novamente; caso contrário, a luz da graça de Deus será não apenas ofuscada, mas extinta por completo na nossa época".

O fim de uma era

Em 430, Genserico atacou a Numídia e cercou Hipona. Agostinho quis morrer sozinho. Em seu leito de morte, ele pediu que as cópias dos salmos penitenciais fossem fixadas nas paredes de seu quarto. Durante a doença, os lia, chorando muito e constantemente. No terceiro mês do cerco, em 28 de agosto de 430, Agostinho morreu, aos 76 anos de vida.

A imensa luta teológica de Agostinho é o exemplo supremo do princípio de que a fé deve buscar a compreensão. Em toda a sua obra teológica, elaborada em clima de oração, estão unidas sabedoria e erudição. Sua capacidade intelectual nos legou algumas obras-primas: Confissões, A Trindade, A doutrina cristã e A cidade de Deus. E não só isso. Sua produção é tão vasta, que falar dela é como que-rer discorrer sobre uma biblioteca, composta de diálogos, comentários, cartas, sermões, tratados sobre diversos temas teológicos, filosóficos, dogmáticos, morais, espirituais, pastorais e históricos.

Agostinho foi o mestre por excelência de uma nova época. E essa influência pode ser encontrada nos grandes escritores cristãos da Idade Média. Os reformadores do século 16, Martinho Lutero e João Calvino, foram profundamente influenciados pelo bispo de Hipona, assim como Jonathan Edwards, o grande teólogo do século 18. Como Colin Brown diz:

Freqüentemente tem sido dito que tanto o catolicismo quanto o protestantismo têm sua origem em Agostinho. O primeiro obtém dele (mas não exclusivamente dele) seu alto conceito da igreja e dos sacramentos. O último segue Agostinho na sua visão da soberania de Deus, da perdição do homem no pecado e da graça de Deus que é o meio exclusivo para trazer a salvação ao homem. Assim como ocorre a todos os ditados

fáceis, esta declaração acerca de Agostinho simplifica demais. Há, certamente, católicos hoje que compartilham do ponto de vista de Agostinho acerca da salvação e protestantes que não compartilham dele. Seja como for, porém, foi de Agostinho mais do que qualquer outro teólogo indivi-dualmente que o pensamento medieval recebeu seu arcabouço teológico de idéias. Mesmo quando pensadores posteriores alteraram a pintura dentto do quadro, o arcabouço com que começaram foi a teologia da igreja primitiva em geral e a de Agostinho em particular.
Portanto, nenhum dos que o antecederam foi tão notável quanto ele, que realizou seu ministério numa pequena cidade do norte da África, mas cuja influência se fez sentir em todo o cristianismo ocidental.

Obras de referência:

AGOSTINHO. A doutrina cristã. São Paulo: Paulus, 2002.
         A graça, I e II. V. I: O espírito e a letra, A natureza e a graça,
A graça de Cristo e o pecado original; v. II: A graça e a liberdade, A correção e a graça, A predestinação dos santos, O dom da perseverança. São Paulo: Paulus, 1998.
         A Trindade. São Paulo: Paulus, 1995.
         A verdadeira religião & O cuidado devido aos mortos. São Pau-
lo: Paulus, 2002.
         Comentário ao Gênesis. São Paulo: Paulus, 2005.
         Comentário aos Salmos. São Paulo: Paulus, 1997, 3 v.
         Confissões. São Paulo: Paulus, 1997.
         Dos bens do matrimônio. São Paulo: Paulus, 2000.
         O livre-arbítrio. São Paulo: Paulus, 1995.
         Solilóquios & A vida feliz. São Paulo: Paulus, 1998.
BETTENSON, H. (ed.). Documentos da igreja cristã. São Paulo: Aste, 1998, p. 102-17, 139-40.



Franklin Ferreira

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