segunda-feira, 31 de maio de 2010

Sempre Reformando ou Sempre Mudando?

Meu post anterior Herdeiros da Reforma provocou a pergunta de um querido leitor sobre o sentido do moto “igreja reformada sempre se reformando”. O presente post tenta responder a indagação.

Há vários lemas que os reformados gostam de usar para identificar e resumir as marcas da Reforma: 
Sola Scriptura, Sola Fides, Solus Christus, Sola Gratia, Soli Deo Gloria e o moto Ecclesia Reformata et Semper Reformanda Est. Mas, como tudo na vida, eles têm sido entendidos e usados de maneira diferente pelos que se consideram herdeiros da Reforma.

É o caso especialmente do “Ecclesia Reformata et Semper Reformanda Est”, de autoria do reformado holandês Gisbertus Voetius (1589-1676), à época do Sínodo de Dort (1618-1619). Este slogan, que pode ser traduzido como “A Igreja é reformada e está sempre se reformando”, tem sido interpretado como se Voetius estivesse dizendo que uma característica da Igreja Reformada é que ela está sempre 
mudando. Contudo, é difícil imaginar que Voetius, calvinista estrito, que participou em Dordrecht da disputa contra os discípulos de Armínio, tivesse usado este lema para encorajar a abertura da Igreja para novas idéias de qualquer tipo – seria o mesmo que dizer que os seguidores de Armínio estavam certos e que a Igreja Reformada deveria se abrir para uma reforma de natureza arminiana na sua soteriologia! Voetius estava tentando qualificar o argumento deles de que a Igreja deveria estar aberta para receber novas luzes sobre pontos que pareciam imutáveis. Voetius não negou o princípio da reforma constante, mas destacou que o alvo era sempre retornar às Escrituras, que tinham sido a base da Reforma. E na compreensão dele e do Sínodo de Dort, as idéias dos seguidores de Armínio certamente não representariam um retorno às Escrituras. É importante notar que o aforismo de Voetius não foi “ecclesia reformans”, que significaria que a Igreja se reforma a si mesma, mas “ecclesia reformanda”, que está na voz passiva e indica que o agente da reforma não é ela própria, mas sim o Espírito de Deus. E este certamente promove o crescimento e a compreensão das Escrituras a cada nova geração, sem com isso admitir que a verdade muda.
As palavras de Voetius vêm sendo reinterpretadas ao longo dos anos e usadas de formas que nunca passaram pela mente do teólogo calvinista holandês. A Igreja Católica, no Concílio Vaticano II, tomou para si a parte final do aforismo de Voetius, “reformanda est”, após reinterpretá-lo para justificar as mudanças que introduziu no catolicismo tradicional. Os seguidores de Helen White, fundadora do Adventismo, usam-no para justificar sua reivindicação de serem uma reforma da Reforma. E mais recentemente, o lema ressoa distorcido, mais uma vez. Uma ala da própria Reforma protestante tem usado o moto para justificar mudanças e inovações na Igreja Reformada que certamente não estão de acordo com as Escrituras.
Só para ilustrar, “Semper Reformanda” é o nome de uma organização religiosa nos Estados Unidos que defende a inclusão de gays e lésbicas no ministério pastoral e o casamento homossexual. O grupo adotou este lema porque entendeu que ele expressa o princípio mater da Reforma, que as igrejas reformadas devem mudar a cada geração, para se contextualizar às mudanças da sociedade, da cultura e das novas compreensões.
Essa, na verdade, sempre foi o entendimento daqueles que acham que o mais importante na Reforma Protestante não foi ter voltado no passado para resgatar as antigas doutrinas da graça, mas de ter ido em frente, promovendo uma mudança no status quo (não estou dizendo que todos os que pensam assim são a favor da agenda GLT). A idéia subjacente é que o novo sempre é melhor. Querem o reformanda mas não o Sola Scriptura. Torcem Voetius.
Na verdade, reformados não podem ser contra a continuidade da Reforma, pois sabem que a Igreja é composta de pecadores. Sabem também que a cada geração novos desafios se erguem contra ela. Todavia, só podem aceitar reformas e mudanças que nos tragam mais para perto da Palavra de Deus. Acho que o ponto central aqui é que os reformados crêem que a verdade não muda e que as reformas que a Igreja deve buscar almejam sempre um melhor entendimento da verdade e uma aplicação relevante dela para seus dias. Há quem acredite que a verdade muda, e quando falam em ecclesia reformanda, estão pensando em mudanças inclusive das antigas verdades professadas pelos reformadores. Para eles, nenhuma delas é intocável. Todas estão sujeitas a reinterpretações tão radicais a ponto de se tornarem totalmente outras. É aqui que está a principal diferença entre os reformados e os reformandos oureformistas.
Autor: Rev. Augustus Nicodemus Lopes
Fonte: [ Ó Tempora, Ó mores! ]
Fonte: http://bereianos.blogspot.com/2010/05/sempre-reformando-ou-sempre-mudando.html

Como a Bíblia veio à nós?


A origem, escrita e a preservação da Escritura Sagrada se deu num processo providencialmente orientado. Cremos que a mente infinita de Deus ao comunicar a revelação da sua perfeita vontade entra em contato com o finito e imperfeito. Por isso, ocorre sob o controle do Espírito de Deus a acomodação da revelação.

A Palavra de Deus é transmitida em categoria do pensamento humano, bem como à sua linguagem comum. Ela passa a participar e se manifesta com, em, através e além da cultura do escritor. Então, a Palavra de Deus registrada no Antigo e no Novo Testamento, sendo escrita por autores humanos, foi inspirada por Deus (2 Tm 3:16) garantindo a sua inerrância, autoridade, suficiência e clareza. Estas absolutas verdades existem na mente de Deus, que através da revelação vêm à mente do escritor original, e deste modo, na inspiração esta revelação registrou-se em Escritura: a Palavra de Deus em palavras humanas. Com a preservação dos manuscritos temos os textos atuais que precisam ser criteriosamente comparadas todas as cópias para termos o que foi originalmente escrito pelos autores. A tradução da Bíblia é o estágio final de sua acessibilidade aos leitores. Obtemos as nossas versões que procuram transmitir fielmente o significado essencial do texto original. Por fim, através da interpretação a verdade chega a mente do leitor comunicando proposicionalmente a verdade original da mente de Deus.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Mantido pela Graça da Soberania - Sempre - John Piper

Jeremias 32:36--41
E por isso agora, assim diz o Senhor, o Deus de Israel, acerca desta cidade, da qual vós dizeis:”Já está dada na mão do rei de Babilónia, pela espada, e pela fome, e pela pestilência,”37 “ Eis que eu os congregarei de todas as terras, para onde houver lançado a minha ira, e no meu furor, e na minha grande indignação; e os tornarei a trazer a este lugar, e farei que habitem nele seguramente. 38 E eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus; 38 E lhes darei um mesmo coração e um mesmo caminho, para que me temam todos os dias, para seu bem e bem dos seus filhos depois deles. 40 “E farei com eles um concerto eterno, que não se desviará deles, para lhes fazer bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim”. 41” E alegrar-me-ei por causa deles, fazendo-lhes bem, e os plantarei nesta terra certamente, e com todo o meu coração e com toda a minha alma.” 42” Porque assim diz o Senhor; Como eu trouxe sobre este povo todo este grande mal, assim trarei sobre ele todo o bem que lhes tenho prometido.”
O Que É Manter A Graça?
Nós estamos a celebrar 125 anos de Deus a manter a Graça. O que é isso? O que é manter a Graça? Deixem-me pôr isso numa rima de quatro linhas:
Não é a graça que impede aquilo que não é do nosso contentamento,
Nem fugir de toda a angústia, mas isto:
A graça que ordena as nossas preocupações e dores,
E depois, na escuridão, está lá para a manter.
Eu insisto nisto porque para celebrar a graça que impede aquilo que não é do nosso contentamento, e que nos dá a fuga para toda a angústia e que não ordena a nossa dor seria biblicamente falso e experimentalmente irrealista.
. . . Numa Colisão Quase fatal
A nossa experiência e a bíblia ensina-nos que a Graça não previne a dor, mas ordena e arranja e mede a nossa dor, e depois na escuridão está lá para a manter. Por exemplo, ontem Bob Ricker, o Presidente da Conferência Batista Geral, falou das preciosas lembranças de Deus em manter a Graça. Quase há dez anos atrás Bob e a filha de Dee estiveram envolvidas num acidente de automóvel sério. Ela está viva hoje por uma razão. Num carro que os seguia estava um médico que por acaso tinha um tubo de ar no bolso. Quando ele chegou junto dela, ela já estava azul. Ele forçou o tubo pela garganta dela e salvou-lhe a vida. No casamento dela há alguns anos atrás, o Bob disse-lhe: Essas marcas faciais terás de viver com elas para sempre – elas são a memória de manter a Graça.
Agora o Bob Ricker não é ingénuo. Ele sabe que Deus pode ordenar que num carro que seguia atrás dele estivesse um médico, e que esse médico tivesse um aparelho de respiração no seu bolso, e que ele tivesse a presença de espírito de o usar sabiamente, então este Deus é completamente capaz de prevenir este acidente em primeiro lugar. De facto, uns momentos antes o Bob tinha citado Efésios 1:11, “Fomos predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade." E ele enfatizou: “ Todas as coisas, quer dizer todas as coisas” – incluindo, eu presumo, os caminhos dos carros e aviões e das setas e balas. Essa foi a inspiração para o meu pequeno poema, “O que é manter a Graça?”
Não é a graça que impede aquilo que não é do nosso contentamento
Nem fugir de toda a angústia, mas isto:
A graça que ordena as nossas preocupações e dores,
E depois, na escuridão, está lá para a manter.
. . . Quando O Carro Avaria
Sábado, há duas semanas atrás, Noel e Abraham e Barnabas e Talitha estavam a viajar para Geórgia num carro e este avariou num pedaço de terra isolado a cerca de uma hora a sul de Indianapolis. O radiador estava furado. Um agricultor por volta dos seus sessenta anos encostou e ofereceu ajuda. A Noel diz que se calhar eles precisavam de um motel e que desejava que na segunda-feira de manhã houvesse uma oficina aberta para lhe reparar o carro. O agricultor diz, “ Gostariam de ficar comigo e com a minha mulher?” Noel hesitou e não os queria pôr numa situação incómoda. Ele diz, “ O Senhor diz que quando servimos os outros, é como se o estivéssemos a servir a ele.” Ela diz, “ Bem, podemos ir consigo à igreja de manhã?” Ele diz, “ Se não te importares de ir a uma Igreja Baptista.”
Então eles ficaram com o agricultor, que também era mecânico de aviação, e que diagnosticou o problema, conduziu até à cidade na Segunda-feira de manhã. Comprou um radiador novo, voltou, montou o radiador a nenhum custo, e mandou a família de volta para o seu caminho. Entretanto Barnabas tirou a sua cana da pesca do carro e apanhou um peixe-gato (ictalurus punctatua) de 48,26 centímetros, que foi a cobertura do bolo.
O Deus que causa um agricultor a parar para ajudar Noel e que vê que ele é Cristão (mesmo um Baptista!), e que ele e a sua mulher tinham um quarto para a família ficar, e que ele é um mecânico, e que ele encontra um radiador a primeira coisa logo de manhã, e que ele está a gastar os eu tempo de boa vontade, e que ele tem um lago com peixes gato este Deus é perfeitamente capaz de impedir que um radiador de fure no meio de algures em Indiana.
. . . Quando A Cura Não Acontece
Mas neste mundo combalido de futilidade isto não é só o que acontece em manter a Graça.
Não é a graça que impede aquilo que não é do nosso contentamento
Nem fugir de toda a angústia, mas isto:
A graça que ordena as nossas preocupações e dores,
E depois, na escuridão, está lá para a manter.
Um dos nossos homens mais novos está a atravessar alguns problemas neste momento que estão a testar a sua fé quase até ao limite. Ele disse-me recentemente: Seria mais fácil se Jesus não tivesse curado mas em vez disso tivesse dado Graça para aguentar a ausência de curas. Uma das coisas que lhe disse foi o seguinte: Foi exactamente isso que Jesus fez – e para essa mesma razão - nos Coríntios 2:9-10 A Graça de Deus ordena que Paulo tenha um pico no seu corpo pelo bem da sua humildade e que depois não o remova em resposta a uma oração. Mas ele diz,
A minha (maneira de manter a) Graça é suficiente para ti, porque o poder é mais perfeito na fraqueza.
Para o qual o Paulo responde,
Muito contente, então, Eu antes quero vangloriar-me da minha fraqueza, para que o poder de Cristo possa viver dentro de mim. Então eu estou muito contente com a fraqueza, com os insultos, com o desespero, com as perseguições, com as dificuldades, pelo bem de Cristo, porque enquanto estou fraco, então eu estou forte.
Não é a graça que impede aquilo que não é do nosso contentamento
Nem fugir de toda a angústia, mas isto:
A graça que ordena as nossas preocupações e dores,
E depois, na escuridão, está lá para a manter.
. . . Quando a Igreja Ardeu
Numa Segunda-feira, a 16 de Março de 1885, quando a Igreja Baptista Belém tinha 14 anos e estava localizada na esquina da 12º Avenida com a 6ª Rua (onde agora está a Companhia Douglas) a igreja incendiou-se. Estava em ruínas para além de reparação. Mas na escuridão havia uma admiração pela Graça de Deus. A parte do telhado onde os bombeiros estiveram em pé foi a única parte que não ruiu. E dentro de sete semanas a igreja comprou o edifício da Igreja da Segunda Congregação onde nós adoramos por 106 anos até que o edifício foi completado em 1991.e
Agora o Deus que pode poupar bombeiros ao suportar uma parte de um telhado frágil. E que pode arranjar um edifício novo e melhor em sete semanas, podia ter prevenido o incêndio em primeiro lugar.
Eu espero que este ponto de vista esteja claro. Nós estamos a celebrar em manter a Graça.
A graça que ordena as nossas preocupações e dores,
E depois, na escuridão, está lá para a manter.
Deus Nem Sempre Poupa A Calamidade
O nosso texto em Jeremias 32 é sobre esse tipo de manter a graça, e detém a chave porque é que a Igreja Baptista de Belém está viva na cidade hoje depois de 125 anos a estar à prova. Jerusalém e os escolhidos por Deus estão na escuridão e em angústia. E foi Deus ele mesmo quem ordenou isso. Veja no verso 36: “E, por isso, agora, assim diz o senhor, O Deus de Israel, acerca desta cidade, da qual vós dizeis: Já está dada na mão do Rei de Babilónia, pela espada, e pela fome, e pela pestilência.” É o que dizem sobre isso. E é verdade. A Graça não os poupou a essa calamidade. Nem a Graça de Deus vos poupará á vossa calamidade apontada.
Mas aquilo que dizem sobre os escolhidos de Deus não é a última palavra. Deus tem a última palavra. E é uma palavra de graça. Verso 37: “Eis que eu os congregarei de todas as terras, para onde os houver lançado na minha ira, e no meu furor, e na minha grande indignação; e os tornarei a trazer a este lugar e farei que habitem nele seguramente.” Então Deus declarou que foi ele que ordenou os problemas e a dor. “Eu conduzi-os” para estas terras desconhecidas. E ele declara que ele próprio os trará para junto dele próprio e para as suas terras. Noutras palavras, manter a Graça irá eventualmente vencer a calamidade.
Como Poderemos Ter A Certeza do Triunfo da Graça?
Como Poderemos Ter A Certeza do Triunfo da Graça? Se Deus é um Deus de justiça que pode mandar Israel para um exílio devastante onde muitos se perdem derivado aos seus pecados e desobediência, então como podemos ter confiança que o mesmo não irá acontecer hoje aos escolhidos por Deus – A igreja, a noiva de Deus, o verdadeiro Israel, você e eu, que fomos chamados para fraternidade do seu Filho? É uma das perguntas a fazer: Porque é que Belém durou 125 anos? Mas uma pergunta ainda mais urgente é: Como podemos ter a certeza que a Graça irá triunfar sobre Belém e nas nossas vidas no futuro? Como poderemos ter a certeza que a Graça nos irá manter até ao fim na nossa fé e na sua santidade que nos trará em segurança para o céu?
É sobre isso que o resto do texto trata. A resposta é: Manter a Graça pelas pessoas escolhidas por Deus é a soberania da Graça. Isto é, manter a Graça é a Graça omnipotente. É a Graça que ultrapassa todos os obstáculos e que preserva a fé e a santidade que nos trará de volta ao céu. Esta é a nossa confiança mais segura para o futuro. Você e eu, em nós próprios, somos completamente inconstantes e duvidosos. Se nós fossemos deixados aos nossos próprios poderes, nós iríamos naufragar na nossa fé, isso de certeza. Por esta razão os santos têm rezado há séculos.
Ai a Graça tão grande a credora
Diariamente eu estou constrangido para ser!
Deixem a bondade como um obstáculo
Junte o meu coração divagando junto ao seu:
Inclinado para divagar, Deus eu sinto-o,
Inclinado para deixar o Deus que eu amo;
Aqui está o meu coração, Ó, leva-o e sela-o
Sela-o nos teus tribunais acima.
É por essa razão por qual os santos devem rezar? É essa a maneira de rezar para o vosso futuro e pelo futuro de Belém? É essa a maneira de rezar? Faça a sua bondade como um obstáculo – uma corrente - que une o meu coração divagando junto ao teu. Sela o meu coração com uma união inquebrável pelos tribunais do céu. Noutras palavras: Guarda-me! Preserva-me! Derruba todas as rebeliões que se erguerem! Ultrapassa todas as dúvidas irritantes! Entrega de todas as tentações destrutivas! Invalida todos os encantos fatais! Expõe todas as decepções demónicas! Rasga todos os argumentos arrogantes! Dá-me forma! Inclina-me! Segura-me! Domina-me! Faz o que for necessário para eu continuar a confiar em ti e a ter medo de ti até que Jesus venha ou chame. Se calhar nós – deveríamos nós – rezar e cantar assim?
A resposta para esse texto é sim. Esse tipo de cantar e rezar esta enraizado no novo convénio da manter, manter a Graça. Vamos lê-la. Guarda na memória: Esta é uma das várias promessas do Testamento Antigo do novo convénio que Jesus disse que tinha selado com o seu próprio sangue por todos nele. Não é só pelos Judeus, mas por todos aqueles que são verdadeiros Judeus por virtude da união com Jesus, a semente de Abraão (Gálatas 3:7, 16). Jeremias 32:38 — 41 diz,
38 E eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus; 39 E lhes darei um mesmo coração e um mesmo caminho, para que me temam todos os dias, para seu bem e bem dos seus filhos depois deles. 40 “E farei com eles um concerto eterno, que não se desviará deles, para lhes fazer bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim”. 41” E alegrar-me-ei por causa deles, fazendo-lhes bem, e os plantarei nesta terra certamente, e com todo o meu coração e com toda a minha alma.”
Quatro Promessas de Manter, Suster a Graça
Nota as quatro promessas de manter, suster a Graça.
1. Deus Será o nosso Deus
Deus promete ser o nosso Deus Verso 38: “E eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus” Todas as promessas dele ao povo estão resumidas nisto: “Eu serei o vosso Deus” Isto é, Eu usarei tudo o que sou como Deus – toda a minha sabedoria, todo o meu poder, e todo o meu amor – para garantir que vocês sejam o meu povo. Tudo o que sou como Deus, eu usarei para o vosso bem.
2. Deus Promete Mudar Os Nossos Corações
Deus promete mudar os nossos corações e fazer com que o amemos e tenhamos medo dele. Verso 39: “E lhes darei um mesmo coração e um mesmo caminho, para que me temam todos os dias." . . (v. 40b)” Porei o meu temor nos seus corações.” Noutras palavras, Deus não vai ficar a ver se nós, pelos nossos poderes, temos medo dele; ele de forma soberana, de forma suprema, com piedade, dá-nos o coração que necessitamos, e dá-nos a fé e o medo de Deus que nos levará para o céu. Esta é a soberania, de manter a Graça. (Ver Deuteronómio 30:6; Ezequiel 11:19-20; 36:27.)
3. Deus Promete Que Nós Não Lhe Vamos Virar As Costas
Deus promete que não nos irá virar as costas e que nós não lhe vamos virar as costas. Verso 40: “E farei com eles um concerto eterno, que não se desviará deles, para lhes fazer bem, e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim. Isto é o que é novo sobre o novo convénio: Deus promete satisfazer pelo seu poder as condições que nós teremos de encontrar. Nós temos de ter medo dele, de o amar e de confiar nele. E ele diz, Eu farei com que isso aconteça. “Eu porei o medo por mim nos seus corações” – não para ver o que eles farão com ele, mas de uma maneira que “ eles não me virarão as costas.” Isto é a soberania, manter a Graça.
4. Deus Promete Fazer Isto Com Intensidade Infinita
Finalmente, deus promete fazer isto com a sua maior intensidade imaginável. Ele expressa isso de duas maneiras, uma no início e uma no fim do verso 41: “E alegrar-me-ei por causa deles, fazendo-lhes bem; e os plantarei nesta terra certamente, com todo o meu coração e com toda a minha alma.” Primeiro ele diz que ele exercerá esta soberania, mantendo a Graça com alegria: “ Eu alegrar-me-ei” Depois ele diz ( no fim do verso 41) que ele exercerá esta soberania, sustendo Graça “com alegria “ com todo o (seu) coração e com toda a (sua) alma.”
Qual O Tamanho Do desejo de Deus Em Fazer O Bem Para Você?
Ele alegra-se de o suster a si e ele alegra-se com todo o seu coração e com toda a sua alma. Agora pergunto-lhe, sem nenhum exagero de sermão ou retórico floreado ou com qualquer sentido de demasiada importância – eu pergunto-lhe, eu desafio-o, você pode conceber de uma intensidade de desejo maior que um desejo com o poder de “todo o coração de Deus e toda a alma de Deus”? Vamos fazer de conta que você leva todo o desejo de comida, de sexo, de dinheiro, de fama, de poder, de significado, dos amigos e da segurança nos corações e nas almas de todos os seres humanos na terra – digamos uns seis biliões – e se você pusesse todo esse desejo, multiplicava por seis biliões de corações e almas, num recipiente. Como é que isso se comparava com o desejo de Deus para vos fazer bem implicado nas palavras “ com todo o seu coração e com toda a sua alma”? Seria como comparar um dedal ao Oceano Pacifico. Porque o coração e a alma de Deus são infinitos. E os corações e almas dos homens são limitados. Não há intensidade maior que a intensidade de “ todo o coração de Deus, toda a alma de deus.”
E essa é a intensidade da alegria que ele tem em mantê-lo com a soberania da Graça: “ Eu alegrar-me-ei por causa deles, fazendo-lhes bem, e os plantarei nesta terra certamente, com todo o meu coração e toda a minha alma.” Alguns de vocês poderão estar a saborear a doçura da Graça pela primeira vez esta manhã. Esse é o trabalho do Espírito Santo na vossa vida, e eu imploro-vos para a guardarem para vós e para serem comandados pela soberania, mantendo a Graça.
Outros de vocês têm vivido com esta doce segurança há décadas e simplesmente se juntam a mim esta manhã em exultação desta gloriosa realidade nas nossas vidas. Eu convido-vos a todos para cantar comigo, para abençoar o Pai e o Filho e o Espírito Santo pela soberania de manter a Graça que nos manteve a nós como igreja há 125 anos e que guardará a eleição de Deus na fé até Jesus chegar ou até Jesus chamar.
Não é a graça que impede aquilo que não é do nosso contentamento
Nem fugir de toda a angústia, mas isto:
A graça que ordena as nossas preocupações e dores,
E depois, na escuridão, está lá para a manter.
Vamos abençoar Deus juntos com o hino #9, “ Canta Louva o Pai” – e quando nós chegarmos ao verso 3, festejem comigo nesta verdade que o Espírito apressa, e corteja, e domina, e sela, e apresenta-nos com a perfeito, sem falhas para Deus.
Tradução: Olivia Monteiro E Rodrigo Silva

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Uma palavra para o jovem cristão de hoje (refletindo em Jeremias 1:4-7)

    Uma palavra para o jovem cristão de hoje (refletindo em Jeremias 1:4-7)

4 
Assim veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
5 
Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta.
6 
Então disse eu: Ah, Senhor Deus! Eis que não sei falar; porque ainda sou um menino.
7 
Mas o Senhor me disse: Não digas: Eu sou um menino; porque a todos a quem eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar, falarás. (Jr 1:4.7)
Aquele homem de nome Jeremias foi escolhido ainda jovem para ser profeta e não teve como se calar e o Senhor falou grandes coisas pela sua boca . E você tem um chamado de Deus para a sua vida! O que está fazendo com este chamado? Você o está aceitando ou vai ficar também se achando como um menino, quando é que vai acordar?
A frase que mais ouvimos hoje, e até mesmo repetimos, é que você “tem que estar ligado”. “Ligado” nas notícias do mundo; ligado na(o) garota(o)
Que você conheceu; ligado nas situações; ligado naquilo que os outros dizem; ligado na matéria da escola; ligado na internet; “antenado” “plugado”.
Ligar é um verbo que significa fazer um laço ou nó; fazer aderir; atar; fixar; prender; telefonar; e, em uma linguagem bem simples, grude grudado em algo ou alguém; colado.  
“Manter” é um verbo que pode expressar um movimento ou ação contínua. Desta forma, “manter-se ligado” é estar com toda a sua mente atenta a tudo e a todas as coisas ao mesmo tempo, sem perder seu tempo ou deixar algo escapar. Nesse frenesí de idéias, imagens, sons, informações, ocupamos tanto a nossa mente que nos falta tempo para nos mantermos à fonte de energia e vida verdadeira: Jesus.
– APS (Pão Diário – rtm)
Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta. (V.5)
Você está fazendo a diferença diante desta geração?
Jovens que amam o evangelho e estão dispostos a seguir o Senhor Jesus, mortificando o pecado e fazendo renúncias buscando uma vida em Cristo, são jovens que servem de estímulos para nós. Um jovem que é parceiro amigo e segue firme sua caminhada cristã. Um motivo de alegria para a igreja diante de um mundo caído que se embriaga em todo tipo de pecados abomináveis. Este modelo de jovem! É o modelo que  se enquadra a você? Você tem buscado, orado e vigiado por uma vida em Cristo?  
Cada vez mais o jovem cristão é desafiado diante de um mundo rebelde que rejeita e se afasta cada vez mais de Deus. Quando você anda pelas ruas e pelos shoppings e vê uma legião de jovens andando com roupas sensuais e preocupadas apenas em comprar ou desejar tudo o que tem de atrativo nas vitrines. Conversar sobre o Avatar ou  o novo paredão do big brother; as últimas novidades da novela; sobre como é natural hoje em dia ser gay ou lésbica; ou até mesmo sobre a sua maravilhosa independência que lhe permite cada vez mais cedo fazer sexo com seu parceiro ou parceira. Estas pessoas que pensam que estão aproveitando ao máximo tudo o que tem direito, pensam que isto demonstra que estão vivas, mas não estão vivas, na verdade elas estão mortas!   
Nenhuma outra força, exceto a do evangelho, é suficiente para remover os imensos fardos de culpa de uma consciência despertada; para aquietar o ardor de paixões incontroláveis; para levantar uma alma mundana atolada no lamaçal da sensualidade e da avareza, para uma vida divina e espiritual, uma vida de comunhão com Deus.
Nenhum sistema, exceto o evangelho, é capaz de transmitir motivos, encorajamentos e perspectivas suficientes para resistir e frustrar todas as armadilhas e tentações com as quais o espírito deste mundo, com suas carrancas ou com seus sorrisos, se esforça para intimidar e afastar-nos do caminho do dever. Mas o evangelho, entendido corretamente e recebido com alegria, trará vigor ao desanimado e coragem ao temeroso. Tornará generoso o mesquinho, moldará a lamúria em bondade, amansará a fúria de nosso íntimo. (John Newton)

Você irá unir-se ao filho para demonstrar a suprema satisfação da glória da graça unindo-se a Ele na via do calvário do sofrimento? Porque não há outra maneira de que o mundo possa ver a suprema glória de Cristo hoje exceto que nos rompamos da disneylândia da América e comecemos a viver um estilo de vida de sacrifício missionário o qual mostrará ao mundo que o nosso tesouro está no céu e não na terra, é a única maneira.
O evangelho da prosperidade não irá fazer ninguém louvar a Jesus irá fazer as pessoas louvar a prosperidade. É claro que eu teria um Jesus que me dá um carro. Quem não gostaria de ter um Jesus que me dá saúde, um carro, um bom casamento. Eu teria o seu Jesus se o pagamento é certo! (transcrito de uma pregação do Pr. John Piper)

Então disse eu: Ah, Senhor Deus! Eis que não sei falar; porque ainda sou um menino.(V.6)

Qual o Jesus que você quer? Um Jesus que goste das baladas e dos programas mais radicais e que logicamente não envolva evangelismo; que goste de palavras chulas e todo tipo de jogos e programas de televisão; que você continue fazendo tudo o que você gosta de fazer e vivendo de uma forma como se a vida cristã não fosse uma vida de entrega e sacrifícios; uma vida de gratidão e amor a Cristo.
Formadores de opinião! Somos pessoas que influenciam. Pessoas que são como engrenagens e que se movimentam para o  seu próprio crescimento e o crescimento da igreja, ou não, e isto tem a ver com o seu testemunho. Mas como está o nosso testemunho diante de Deus? O Espírito Santo quer nos usar para um testemunho poderoso de uma vida que saiu das trevas para a luz, mas nós somos o maior obstáculo para ele!
Nós somos inconstantes para darmos frutos, devemos perder toda esperança em nós mesmos e nos jogarmos em Cristo. (Paul Washer)
Jovem não confie em você, confie em Jesus, não tenha confiança na sua força, mas em Deus. O Espírito Santo trabalhará em você.  
A única coisa que você precisa fazer é orar a Deus por isso, se sujeitando totalmente a sua vontade.   
Não digas: Eu sou um menino; porque a todos a quem eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar, falarás. (V.7)

Você tem que se manter “ligado” “antenado” “plugado”. Deus está te chamando não para fazer a sua vontade neste mundo mas para fazer a vontade dEle, está te chamando para obediência. Está te chamando para um testemunho de vida que te leve para a cruz. Você tem refletido em como está a sua vida cristã? Como está o seu testemunho diante dos jovens que estão sendo tragados para o inferno? Reflita profundamente sobre isso.

(1Tm:1.8) “
Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor,”

Diante de um mundo cada vez mais incrédulo e egoísta e uma geração cada vez mais corrupta e perversa, que se deixa levar pelos prazeres em busca de ídolos, dinheiro e fama, não levando o evangelho a sério.  Que possamos verdadeiramente fazer valer o sacrifício de Jesus por nós, aceitando o seu senhorio em nossas vidas. Como o apóstolo Paulo que diz "Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro."
(Fp 1:21)




Aos que não entendem os calvinistas


pOSTADO POR CLÓVIS


 Uma querida e perplexa irmã comentou "a minha maior dificuldade com o calvinismo é entender por que eles não fazem nada, não se privam de nada, e criticam todos aqueles que estão 'correndo atrás' da salvação por crerem que tal é tomada por esforço. Bem, entendo melhor o calvinismo, mas me sinto mal, pois sempre acho que fiz pouco...". O que mais poderia responder a ela, além do que se segue?
A sua dificuldade, amada, não é com o calvinismo, mas com a graça. Sua rejeição ao calvinismo se deve à sua rejeição à graça como o modo de Deus salvar pecadores perdidos. Se você entendesse e aceitasse a doutrina da graça, como ensinada nas Escrituras, as dificuldades com o calvinismo se evaporariam.
Veja bem, você (permita-me a intimidade) disse que não entende por que os calvinistas não fazem nada, nem se privam de nada para obterem à salvação. À luz da graça, há duas razões para isso. A primeira, é que é desnecessário. Tudo o que era preciso ser feito para nos salvar, Deus já o fez. Uma vida de perfeita obediência era necessária? Jesus a viveu por nós. Uma morte que apresentasse pela satisfação à justiça de Deus precisava acontecer? Jesus a morreu por nós. Uma ressurreição vitoriosa que assegurasse nossa própria ressurreição era preciso? Jesus levantou-se dentre os mortos - e nós com Ele.
O segundo motivo por que os calvinistas desistiram de qualquer esforço para granjear a salvação (pois na verdade, muitos deles se esforçaram à exaustão antes de entregarem os pontos) é que todo esforço é inútil. Ninguém consegue obter o favor de Deus impressionando-o com boas obras, com ascetismo, legalismo ou qualquer outra coisa feita a título de "correr atrás". O evangelho diz "não depende de quem corre, mas de Deus usar misericórdia".
Anulado todo esforço humano, só resta a graça, de modo que se alguém não for salvo absolutamente de graça, não o será de nenhuma outra forma. E graça e esforço próprio são auto-excludentes. Paulo diz que "àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida". Ou seja, você não pode "correr atrás" e ser salvo pela graça ao mesmo tempo. É uma coisa ou outra, mas só uma delas funciona.
Então é perfeitamente compreensível que você "corra tanto atrás", "se prive" de tantas coisas, "se esforce" ao máximo e mesmo assim "se sinta mal" por fazer tão pouco. Pois nunca será o bastante. Você jamais conseguirá reunir crédito suficiente para dar uma espiadela no céu, muito menos para por um pé lá. Ou você se deixa levar pela graça de Deus, desistindo de seu esforço próprio, ou este esforço te arremeterá com mais força no inferno.
Não confunda, porém, graça com libertinagem. "Pecaremos para que a graça abunde?", perguntaram ao apóstolo da graça. Sua resposta é um grito "de jeito nenhum! nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?". As obras do crente, são obras de gratidão. Não para alcançar a salvação, mas por te-la alcançado. Não por medo de perde-la, mas por amor ao que a garante. Não para evitar o inferno, mas porque estamos a caminho do céu.

Que o Senhor possa levá-la a descansar na Sua graça!

Soli Deo Gloria

sexta-feira, 21 de maio de 2010

John Piper – Aos Pregadores da Prosperidade: Desenvolvam Donatários Generosos


Esse post é o quarto de uma série de doze. O conteúdo vem de “Doze Apelos aos Pregadores da Prosperidade”, que pode ser encontrado na nova edição do Let the Nations Be GladRegozijem-se as Nações, publicado pela editoraCultura Cristã*).

“Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado.” (Efésios 4:28). Isso não é uma justificativa para ser rico de modo que possa dar mais. É um chamado para fazer mais e guardar menos, e então você poderá dar mais. Não há razão para que uma pessoa que prospera mais e mais em seus negócios deva ampliar a extravagância de seu estilo de vida indefinidamente. Paulo diria: Cubra suas despesas e doe o resto.

Não posso determinar o seu “cobrir”, mas em todos os textos que temos visto nesta série, há um impulso em direção à simplicidade e à generosidade extravagante, não a posses extravagantes. Quando Jesus disse: “Vendei os vossos bens e dai esmola” (Lucas 12:33), Ele pareceu sugerir não que os discípulos fossem abastados e pudessem dar de sua abundância. Parece que eles tinham tão pouco patrimônio líquido, que tinham que vender algo para terem algo para dar.

Por que os pregadores iriam querer encorajar as pessoas a pensarem que elas deveriam possuir riquezas para serem donatários generosos? Por que não encorajá-los a manterem suas vidas mais simples e serem ainda mais generosos em suas doações? Isso não acrescentaria em sua generosidade um forte testemunho de que Cristo — e não as posses — é seu tesouro?


Por John Piper. © Desiring God. Website:desiringGod.org
Original: 
To Prosperity Preachers
Tradução : voltemosaoevangelho.com
Permissões:
 Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que adicione as informações supracitadas, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.
* A edição da Cultura Cristã é anterior a nova edição lançada nos EUA, portanto não possui estes artigos.

John Piper – Aos Pregadores da Prosperidade: Advirtam Contra Investimentos Fracos


Esse post é o terceiro de uma série de doze. O conteúdo vem de “Doze Apelos aos Pregadores da Prosperidade”, que pode ser encontrado na nova edição do Let the Nations Be GladRegozijem-se as Nações, publicado pela editoraCultura Cristã*).

Jesus adverte contra o esforço para acumular tesouros na terra; ou seja, Ele nos manda ser donatários, e não proprietários. “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam” (Mateus 6:19-20).

Sim, todos nós guardamos alguma coisa. Jesus admite isso. Ele não espera, exceto em casos extremos, que nosso desejo de ofertar signifique que não seremos mais capazes de dar. Haverá um tempo em que daremos nossa vida por alguém, e então não seremos mais capazes de ofertar. Mas ordinariamente, Jesus espera que vivamos de tal forma que haja um padrão contínuo de trabalho, ganho, vida simples e doação contínua.

Mas dada a tendência intrínseca à ganância em todos nós, Jesus sente a necessidade de advertir contra “acumular tesouros na terra”. Isso se assemelha a ganho, mas leva apenas à perda (“traça e ferrugem corroem e ladrões escavam e roubam”). Meu apelo é que a advertência de Jesus encontre um forte eco nas bocas dos pregadores da prosperidade.



Por John Piper. © Desiring God. Website:desiringGod.org
Original: 
To Prosperity Preachers
Tradução : voltemosaoevangelho.com
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* A edição da Cultura Cristã é anterior a nova edição lançada nos EUA, portanto não possui estes artigos.


John Piper – Aos Pregadores da Prosperidade: Salvem as Pessoas do Suicídio


Esse post é o segundo de uma série de doze. O conteúdo vem de “Doze Apelos aos Pregadores da Prosperidade”, que pode ser encontrado na nova edição do Let the Nations Be GladRegozijem-se as Nações, publicado pela editoraCultura Cristã*).

O apóstolo Paulo admoestou contra o desejo de ser rico. E por implicação, advertiu contra pregadores que incitam o desejo de ser rico ao invés de ajudar as pessoas a se livrarem disso. Ele alertou: “Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.” (1Timóteo 6:9-10).

Essas são palavras muito sérias, mas não parecem encontrar um eco na pregação do evangelho da prosperidade. Não é errado para o pobre querer medidas de prosperidade para que tenha o que precisa, e possa ser generoso e dedicar tempo e energia a tarefas que exaltem a Cristo em vez de lutar para sobreviver. Não é errado buscar ajuda em Cristo para isso. Ele se importa com nossas necessidades (Mateus 6:33).

Mas todos nós — pobres e ricos — estamos em constante perigo de firmar nosso amor (1João 2:15-16) e nossa esperança (1Timóteo 6:17) nas riquezas ao invés de em Cristo. Esse “desejo de ser rico” é tão forte e tão suicida que Paulo usa a linguagem mais forte para nos alertar. Minha súplica é para que os pregadores da prosperidade façam o mesmo.



Por John Piper. © Desiring God. Website:desiringGod.org
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To Prosperity Preachers
Tradução : voltemosaoevangelho.com
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* A edição da Cultura Cristã é anterior a nova edição lançada nos EUA, portanto não possui estes artigos.


John Piper – Aos Pregadores da Prosperidade: Não Tornem o Céu Mais Difícil


Esse post é o primeiro de uma série de doze. O conteúdo vem de “Doze Apelos aos Pregadores da Prosperidade”, que pode ser encontrado na nova edição do “Let the Nations Be GladRegozijem-se as Nações, publicado pela editora Cultura Cristã*).

Jesus disse: “Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!” Seus discípulos ficaram espantados, tão quanto ficariam frente ao “Movimento da Prosperidade”. Então Jesus elevou ainda mais o espanto deles, dizendo: “É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus.” Eles responderam em descrença: “Então, quem pode ser salvo?” Jesus disse, “Para os homens é impossível; contudo, não para Deus, porque para Deus tudo é possível.” (Marcos 10:23-27)

Isso significa que o espanto dos discípulos tinha fundamento. Um camelo não pode passar pelo fundo de uma agulha. Isso não é uma metáfora para algo que requer muito esforço ou humilde sacrifício. Não dá para ser feito. Sabemos disso porque Jesus disse Impossível! Foi a palavra Dele, não a nossa. “Para os homens, é impossível.” O ponto é que a mudança de coração exigida é algo que o homem não pode fazer por si mesmo. Deus precisa fazê-lo — “... contudo, não [é impossível] para Deus.”

Não conseguimos nos fazer parar de valorizar o dinheiro acima de Cristo. Mas Deus pode. Isso são boas novas. E isso deveria ser parte da mensagem que os pregadores da prosperidade anunciam antes que incitem as pessoas a se tornarem mais como um camelo. Por que um pregador iria querer anunciar um evangelho que encoraja o desejo de ser rico, confirmando deste modo as pessoas em seu desajuste ao reino de Deus?



Por John Piper. © Desiring God. Website:desiringGod.org
Original: 
To Prosperity Preachers
Tradução : voltemosaoevangelho.com
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* A edição da Cultura Cristã é anterior a nova edição lançada nos EUA, portanto não possui estes artigos.